Reflexão sobre o Evangelho de João, 9 de maio

“Alguns de Jerusalém diziam: ‘Não é este a quem procuram matar? Olha, ele fala publicamente e ninguém lhe diz nada. Será que os chefes reconheceram que realmente ele é o Cristo? Mas este, nós sabemos de onde é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá de onde é.’
Enquanto, pois, ensinava no templo, Jesus exclamou: ‘Sim, vós me conheceis, e sabeis de onde eu sou. Ora, eu não vim por conta própria; aquele que me enviou é verdadeiro, mas vós não o conheceis. Eu o conheço, porque venho dele e foi ele quem me enviou!’
Eles procuravam, então, prendê-lo, mas ninguém lhe pôs as mãos, porque ainda não tinha chegado a sua hora. Da multidão, muitos acreditavam nele, e comentavam: ‘Quando vier o Cristo, acaso fará mais sinais do que este?’”

João 7, 25-31

Sabemos de onde vem as pessoas que encontramos? Normalmente conhecemos seu nome, talvez sua profissão, o nome dos pais e o local de nascimento. Às vezes sabemos mais detalhes da sua vida… Assim entendemos de onde vem uma pessoa?
Todos viemos do mundo espiritual e temos uma essência espiritual. Ela se expressa em nossos ideais e vocação. Ela é o fundamento da nossa individualidade. Mas, essa essência pouco se revela através do nome ou descendência.
Sabemos de onde vem o outro? Normalmente conhecemos bem pouco seu ser espiritual. Dele, talvez tenhamos somente um vislumbre. Mas podemos nos desfazer de tudo oque acreditamos saber do outro e ao encontrá-lo, ter a pergunta interna: Quem és tu? De onde viestes? Assim criamos espaço para o ser espiritual do outro se revelar. Para ele se tornar visível no encontro e no diálogo. Através dele se revelará aquele que nos enviou para a Terra e nos deu a nossa missão: o Cristo.

Julian Rögge