A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente da região tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. Eles procuravam Jesus e, reunidos no templo, comentavam: ‘Que vos parece? Será que ele não vem para a festa?’ Entretanto, os sumos sacerdotes e os fariseus tinham dado a seguinte ordem: se alguém soubesse onde Jesus estava, devia comunicá-lo, para que o prendessem.”
Os outros, porém, ao não perceberam a transformação e renovação de todos os princípios, só puderam pronunciar uma sentença, como se quisessem dizer: Ele revelou os mistérios, portanto deve morrer.¹
Cristo nos traz uma nova era. A era da religação com os planos espirituais. Ele auxilia cada alma humana a sair das sombras da morte e caminhar para a luz da vida. Agora não mais com uma consciência grupal, mas sim individual. Não mais com distinções e sim em igualdade. Ele abre as portas para a atuação de cada eu superior humano, nossa essência divina. Ela está livre para permear nosso eu cotidiano, nossa alma, nosso ser vital e físico. Podemos fortalecer essa atuação ao tornarmos consciente em nós o alimento recebido: “Eu sou o pão da vida”. Ao percebermos quem nos tira das sombras: “Eu sou a luz do mundo”. Ao nos acercarmos do portal vida e morte: “Eu sou a porta”. Ao recebermos em nós aquele que nos acolhe e abraça: “Eu sou o bom pastor”. Aquele que liberta nossa alma da morte: “Eu sou a ressurreição e a vida”. Ao nos esmerarmos em direção à evolução humana: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. E finalmente ao nos tornarmos ramos frutíferos da videira: “Eu sou a videira verdadeira”.
A transformação e renovação representa, para as forças adversas, um grande risco de perder sua atuação sobre a alma humana. Assim somos constantemente atacados em nossas bases. Elas querem nossa sentença de morte. Cabe a nós, sempre de novo perguntar: “Posso nascer uma segunda vez?”. Cabe a nós alcançarmos a consciência de que, o que acontece aqui, se trata de uma transformação completa, de um completo novo nascimento.