Reflexão para o domingo, 15 de maio

Época da Páscoa

Referente ao perícope de João 16

“E agora vou para aquele que me enviou; e nenhum de vós me pergunta: Para onde vais?
Antes, porque isto vos tenho dito, o vosso coração se encheu de tristeza.
Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei.” (Jo 16, 5-7)

Todos sabemos que não podemos olhar diretamente para o sol, se não quisermos perder a luz dos nossos olhos. Somente por um curto momento nos é possível mirá-lo: em sua coloração vermelha ao levantar-se no horizonte. Mas, quanto ele mais sobe, mais claro e forte fica – o instante passou…

“Que pena”, alguém poderia dizer. Porém o próprio sol poderia nos dizer: “É bom para vocês que eu suba às alturas do céu. Dessa forma toda a minha luz e meu calor vivificante podem chegar a vocês”. Pois quanto mais alto ele sobe, mais ele está aqui.

Somente por um instante na história do mundo o ressurreto pôde fazer-se visível e tangível para seus discípulos. Então ele retirou-se da visão para – assim como o sol – estar cada vez mais aqui.

Quando alguém em orações eleva sua alma para as alturas celestes, não o faz para deixar seu âmbito de vida abandonado com as preocupações e obscuridades, mas para contribuir que a luz espiritual e o calor do amor e o vigor da vida tornem-se fortes e possam atuar – no aqui e agora.

Sacerdote Engelbert Fischer

Tradução livre: Viviane Trunkle