Reflexão para Domingo, 18 de junho de 2023

Referente ao Evangelho de João 4:1-26.

Nesses tempos difíceis que estamos vivendo nos ajuda contemplar, por exemplo, um lago sereno cercado por árvores e montanhas verdejantes. Esse cenário estimula a tranquilidade e a paz que buscamos. Mas ainda que a beleza e a pureza dessas águas possam como imagem nos estimular, o que pode aplacar nossa sede de paz é uma outra água: a água viva que Cristo nos oferece.

O encontro de Jesus com a mulher samaritana, nessa passagem do Evangelho de João, nos oferece lições valiosas para nós que enfrentamos os desafios de nossas próprias vidas. Naquela época em que samaritanos e judeus tinham uma história de tensão e preconceito, Jesus quebrou as normas sociais, conversando com a mulher, oferecendo-lhe o dom da água viva. Essa é a água que traz vida eterna, uma água que sacia a sede de nossas almas. Essa água viva representa o sustento espiritual e a realização que somente Deus pode fornecer.

Assim como vemos o lago tranquilo em nossa imagem, Jesus nos convida a experimentar a paz e esperança em meio às dificuldades. Em resposta, a mulher expressa seu desejo por esta água viva, esperando saciar sua sede espiritual para sempre. Jesus então revela seu passado, reconhecendo que ela buscou satisfação em relacionamentos que a deixaram vazia. Ele a convida a encontrar a verdadeira realização em um relacionamento com Deus. À medida que a conversa se aprofunda, a mulher traz à tona o debate de longa data sobre o local adequado para o culto. Jesus explica que a verdadeira adoração não se dá em um local específico, mas acontece em espírito e verdade no silêncio interior.

Nossa anseio é o de estabelecer uma conexão genuína com Deus, enraizada na honestidade e sinceridade. Assim como a mulher enfrentava desafios e buscava realização, nós também enfrentamos tempos difíceis e ansiamos por essa mesma paz, quase duvidando que isso seja possível diante do caos ao redor. Mas a água viva é encontrada nesse local interior de oração, a despeito do que ocorre exteriormente. A mulher samaritana se permitiu ser vulnerável diante de Jesus, e Ele a encontrou onde ela estava.

Em tempos difíceis, sejamos abertos e honestos com Deus, sabendo que Ele está pronto para nos abraçar com amor e compreensão, onde quer que estejamos. Ao contemplarmos a imagem da natureza e o poderoso encontro no poço, somos lembrados de que, mesmo em meio a tempos difíceis, Jesus nos oferece água viva, paz e esperança.

Abracemos a vulnerabilidade, busquemos a verdadeira realização e adoremos a Deus do fundo de nossos corações. Que a água viva flua dentro de nós e nos sustente nas tempestades da vida. 

Carlos Maranhão