Referente ao Apocalipse 3, 1-6
Na mensagem de hoje do livro do Apocalipse, somos apresentados a uma frase marcante: “Eu conheço suas obras: seu nome é que você está vivo e está morto”. Esta frase tem uma mensagem profunda para nós, uma mensagem sobre nosso modo de vida, de como nos afastamos do mundo espiritual. Ficamos tão focados em nossas vidas ocupadas que esquecemos de refletir sobre nossas ações e seu impacto. A mensagem de Sárdis nos lembra de dar um passo atrás e reavaliar nossas prioridades. Perseguimos coisas superficiais e ficamos presos na agitação da vida. É como viver em um estado de semiconsciência. Mas a mensagem de Sárdis é um chamado para despertar, para se libertar do ciclo de superficialidade e encontrar o verdadeiro significado e propósito.
A mensagem é sobre ir além da mentalidade “olho por olho, dente por dente” e abraçar a paz e a compreensão. Isso se aplica não apenas às nossas vidas pessoais, mas também a questões globais, como as guerras e disputas políticas.
Agora, quem é o anjo a quem esta carta é endereçada? O anjo é o destinatário da mensagem do Cristo. Não necessitamos pensar muito para chegar à conclusão que se trata do “Espírito da Época” em que vivemos: Micael, que nos indica o caminho e nos exorta para que nos preparemos, de modo que no futuro possamos estar entre aqueles que se apresentam ao Cristo de roupas brancas, ou seja, de almas lavadas, unificadas pela dor e pelo despertar da consciência. Mas a ideia mais importante aqui é que o anjo da comunidade nos convide, de braços abertos, a vir a Cristo em Sárdis. O convite é simples: deixe para trás o que dificulta a vida e leva ao desespero e à falta de sentido. Esteja atento, olhe para sua alma e veja o que necessita ser transformado, desperte e olhe para as necessidades dos outros, do mundo. Olhe para o seu tempo, olhe para a sua fonte espiritual, para Deus.
Compartilhe esta mensagem com aqueles que buscam vida, alegria e significado. Deixe-os saber que seus nomes podem ser escritos no livro da vida e falados por Cristo diante de Deus e dos anjos, mas que isso depende de seu autoconhecimento, de sua capacidade de compaixão e de sua livre vontade como força de decisão.
Carlos Maranhão