Reflexão para domingo, 26 de maio de 2024

Referente à perícope do Evangelho de João 17, 6-11

Imagine um nascer do sol sereno sobre um lago tranquilo, onde a luz toca suavemente a água, criando um caminho dourado cintilante que leva ao horizonte. Essa imagem de beleza tranquila e conexão entre a terra e o céu pode nos lembrar da ligação divina entre o céu e a humanidade. Nesses momentos de esplendor da natureza, vislumbramos a profunda intimidade e unidade que Jesus compartilhou com o Pai celestial na assim chamada Oração Sacerdotal. Nela, temos uma rara oportunidade de ouvir Jesus orando ao Pai. Embora essa troca seja profundamente pessoal, tem implicações profundas para nós.
A missão de Jesus era salvar os perdidos e reuni-los com Deus. Em sua oração, Jesus conta como revelou o nome de Deus e deu a sua palavra à humanidade, marcando a conclusão de sua missão terrena à medida que se aproxima o seu retorno
à glória celestial. Refletindo sobre isso, devemos confrontar a condição das nossas próprias almas. Assim como os discípulos fraquejaram durante a paixão de Cristo, nós também somos frágeis e imperfeitos, sucumbindo muitas vezes ao medo e ao fracasso.
Enfrentamos desafios diários, oscilando entre o desânimo e um lampejo de fé. Podemos até questionar a necessidade de tornar a nossa fé conhecida aos outros. No entanto, a oração de Jesus nos oferece encorajamento. Através de sua missão na terra, Cristo criou um vínculo inquebrantável entre nós e Deus. Não estamos mais separados dele. Apesar das nossas fraquezas inerentes, Cristo em nós nos capacita a cumprir a nossa missão. O que parece impossível para nós se torna possível através dele.
Jesus intercede por nós, orando pela nossa unidade com Deus e nossa união uns com os outros. À medida que nos unimos também a Ele em oração, podemos confiar que Deus completará a sua obra de amor em nós e através de nós em todo o mundo. Assim como o nascer do sol sereno sobre o lago simboliza um novo dia e um caminho de luz, Cristo ilumina o nosso caminho em direção à redenção, não importa o quão distante esteja. 

 Carlos Maranhão