Reflexão para o domingo, 10 de outubro

Época de Micael

Referente ao perícope de Apocalipse 12

Após a luta nos céus, o dragão caiu na Terra. Agora ele atua em nós e entre nós, nas relações sociais. Ele luta contra os seres humanos. Estamos sozinhos nesta luta?

Durante a batalha nos céus o dragão derrubou um terço das estrelas. Podemos imaginar que elas também caíram na Terra e que são forças celestiais. O arcanjo Micael conduz essas forças. Micael faz um sinal para os seres humanos segui-lo Ele quer nos levar a uma ligação cada vez mais profunda com as forças do Cristo. Através delas é possível vencermos as forças do dragão.

O mundo espiritual precisa de nós como parceiros nessa luta. Depende de nós darmos o primeiro passo e nos juntarmos às forças celestiais.

Julian Rögge

Reflexão para o domingo, 3 de outubro

Época de Micael

Referente ao perícope de Mateus 22, 1-14

O portal para a Época de Micael se abre com um convite:
“Tudo está pronto. Vinde pois, para o casamento.”
O convite é lançado a cada ser humano; aceitar ou não está em nossa liberdade.
Manter-se desperto para ouvir os chamados como: “Levanta-te” e “Vinde”, nem sempre nos é fácil.
Nossos sentidos seguem a nos turvar os ouvidos e a visão de nossa verdadeira missão na Terra: Preparar nossa alma para o casamento com o Cristo. A cada passo na Terra, corremos o risco de nos afeiçoarmos demais à condição do materialismo e do egoísmo, nos afastando assim de prepararmos nosso ouvido interior para os chamados do mundo espiritual. Corremos o risco até de nos voltarmos contra o chamado, matando em nós a flama que nos aquece e convida para a união com o divino.
Como prosseguir, se ao nosso redor muito nos leva para a região da escuridão onde imperam as lamentações e o ranger de dentes?
Um primeiro passo poderia ser desenvolver a confiança no mundo espiritual. As hierarquias divinas não nos abandonaram, elas aguardam somente um gesto em sua direção para virem em nosso auxílio. A cada manhã e a cada noite, tentar uma aproximação com o mundo espiritual através de orações e agradecimentos, nos torna pouco a pouco dignos de recebermos a veste nupcial. Aquela que envolverá nossa alma e a tornará plena de percepção para o chamado.
Perseverar neste caminho nos levará ao encontro do tão esperado noivo.

Viviane Trunkle

Reflexão para o domingo, 26 de setembro

Época de Trindade

Referente ao perícope de Lucas 7, 7-17


Jesus Cristo ressuscita o filho da viúva de Naim- século XVI- Lucas 7,11-17

Desde quando o Homem se pôs a caminho por si mesmo e sua alma foi se afastando da sua origem divina e se tornando cada vez mais individualizada, desde então conhecemos o drama da viúva. Primeiro da deusa viúva, depois da mulher viúva e finalmente da própria alma humana viúva. Na mitologia egípcia podemos compartilhar o luto e desespero da deusa Ísis, quando ela fica sabendo que seu cônjuge e irmão, o Deus Osíris fora assassinado pelo seu irmão Seth. O seu corpo foi decepado em 14 pedaços e distribuído por todo o país. Ísis procura e junta todos os pedaços e faz Osiris reviver por pouco tempo para que ele possa fecundá-la. Ela engravida e nasce seu filho Hórus, que assume a regência do pai. Osíris, o pai, representa o sol da noite, o inconsciente cósmico e também a ligação com o mundo dos mortos. Hórus representa o sol nascente da manhã, a consciência diurna desperta, clara e em expansão. Ísis mantém a ligação viva entre pai e filho, entre Espírito e corpo, entre a noite e o dia. Na ilustração abaixo vemos como o mistério da noite e dia, tal como era vivenciado pelos egípcios através da deusa Ísis, que de manhã dá à luz o sol nascente, Hórus e, à noite, engole, se apropria do sol poente, para que seja fecundado por Osíris na noite e possa renascer ao amanhecer.


A deusa Nut, mãe de Ísis, mas também conhecida como mãe de Hórus e esposa de Osíris. As deusas Nut e Ísis se confundem na mitologia. Vemos a trajetória do sol exterior e o sol interior no corpo da deusa que será fecundada por Osíris, o Deus da noite e do oculto.

Também no Antigo Testamento, no primeiro livro dos Reis, capítulo 17 (1, Reis 17) ouvimos falar de uma viúva. A ligação das tribos israelitas do Norte com o seu Deus vivo, Jeová, foi sendo corrompida por antigas e decadentes tradições de adoração do Deus do Baal. Por isso, Elias, o profeta de Jeová anuncia ao rei um longo e extremo período de seca em todo a região, pois também o rei e sua esposa cederam à tentação do Baal. Elias vai ser então perseguido pelo rei e pela rainha e foge guiado por seu Deus Jeová, que se compromete a alimentá-lo na fome vigente. Assim ele é enviado para o portal da cidade de Sarepta, onde se encontra uma pobre viúva, que só dispõe de alimento para uma última refeição com seu filho. No entanto, ela oferece primeiro o alimento a Elias e dele ouve como Jeová prometera nunca mais vai deixar de ter farinha e óleo em sua casa. Lá passa a ser a morada de Elias até que um dia o filho da viúva adoece, exala seu último suspiro e morre. Elias se retira com ele para um aposento e o desperta novamente para a vida.

Elias à porta de Sarepta e a pobre viúva- Jan Massys- Bélgica-1565

Nestes dramas a viúva sofre ainda pela perda do cônjuge, do companheiro de vida que morre, como o espírito morre na percepção que o homem tem do mundo exterior. No entanto, ela ainda fica ligada ao mundo dos mortos, à noite, ao mundo oculto. Ela ainda tem o filho, que lhe confere uma perspectiva para o futuro. Mas o drama se intensifica e o filho morre também. Será que a ligação da alma com o mundo divino vai ser completamente rompida e não poderá ser recuperada? Isto teria terríveis consequências para a Terra, para o meio ambiente e para os povos, como no relato da seca e da escassez de alimentos na época de Elias. Pouco a pouco o drama da alma cósmica vai se tornando o drama da humanidade e de todo o mundo sensorial. Mas como constatamos, o mundo divino, a guia espiritual sempre possibilita uma mudança radical inesperada. Na época pré-cristã isso aconteceu pela intercessão dos deuses, neste caso da Ísis, de quem nasce o filho Hórus. Também no judaísmo acontece uma reviravolta por meio da intercessão do profeta, do mensageiro de Deus, Elias. O que era um drama entre os deuses vai se tornando um drama humano. Em Naim a procissão em luto é interrompida no encontro com o Cristo e seus discípulos. Jesus, como homem, profere as palavras decisivas e a alma do jovem volta ao seu corpo pelo Filho, pelo portador do espírito do sol, do Cristo.
A viúva de Naim representa a alma humana na época atual. O que ela traz do âmbito da noite, do âmbito espiritual não é mais suficiente para a vida na Terra e o que ela leva da civilização, da cidade para o mundo, está morto. Morte e lamentos são levados do âmbito da cidade para o mundo. Agora quem está de luto não é mais uma deusa, mas a alma humana pela perda do espírito, pelas consequências da pobreza espiritual. O esperado reino dos céus na Terra, ou seja, Jesus com seus discípulos interrompe e para a procissão em luto. Jesus toca o caixão e chama a alma do falecido de volta para a sua morada terrena, seu corpo. Jesus entrega o filho para a viúva. Ela o recebe e desperta o Filho em si, seu próprio Eu em Cristo. A alma enviuvada foi fecundada pelo Eu e se torna uma noiva, como viu João no Apocalipse: a imagem da Nova Jerusalém como uma noiva enfeitada para as núpcias. Primeiro acontece o casamento místico, a ligação da alma com o Espírito, com o Cristo, o noivo. Depois esta ligação irradia uma nova luz e uma nova vida na Terra, que vai sendo espiritualizada paralelamente à espiritualização da alma.
Poderíamos começar a contar hoje quanta miséria vivenciamos exteriormente no mundo, no destino humano e também no interior da alma humana, quantas doenças e ameaças. Mas já aconteceu a ressurreição do jovem de Naim e Jesus Cristo vive entre nós. Desde então muitos foram tocados por Ele e acolheram a sua palavra viva. Hoje poderia ser ouvida a pergunta já feita pelos discípulos a Jesus: „quem pode ainda ser salvo? “Mateus 17,25. Felizmente poderão alguns ouvir a resposta de Jesus Cristo: “Para o homem sozinho é impossível, mas pode ser possível pela força divina atuante no Homem.“
Desde a ressurreição o homem pode irradiar de seu coração, de sua alma a luz e a vida de Cristo para salvar as almas ameaçadas da morte e, com isto, toda a Terra também. ELE está sempre caminhando ao nosso encontro. Paremos, ouçamos e vivamos com Ele!

Helena Otterspeer

Reflexão para o domingo, 19 de setembro

Época de Trindade

Referente ao perícope de Mateus 6, 19-24

Na semana passada os Ipês-brancos floresceram. Foi uma beleza de poucos dias. Depois as flores caíram e rápido desapareceram. Nós seres humanos podemos guardar estes momentos tão belos em nosso coração e eles se tornam nosso tesouro.
Assim como a beleza dos Ipês, podemos guardar vários outros momentos no coração: O gesto carinhoso de uma pessoa, a alegria de superar um desafio, a satisfação de poder ajudar. Pouco a pouco esses momentos serão o tesouro de nosso coração. Um tesouro que é formado por situações nas quais sentimos o amor do outro, a nossa própria força ou o nosso destino. São nestas situações onde as forças crísticas estão presentes.
Podemos permitir que este tesouro brilhe cada vez mais através do nosso olhar, dos nossos gestos e ações. Assim levaremos as forças crísticas para o mundo.

Julian Rögge

Reflexão para o domingo, 12 de setembro

Época de Trindade

Referente ao perícope de Lucas 17, 5-19

A semente de mostarda quando plantada em terra fértil produz uma das plantas que mais crescem e se desenvolvem até tornar-se uma das mais fortes e resistentes. A comparação da fé com uma semente de mostarda não significa que nos basta uma fé pequena, mas o fato de que ela pode e deve crescer e fortalecer-se. Mas se isso é tão importante, então como podemos trabalhar para que nossa fé cresça. Novamente a analogia com a planta nos ajuda, pois do mesmo modo como a planta precisa ser cultivada em bom terreno, com luz e sombra adequadas, e com suficiente água trazida regularmente, assim a fé cresce quando cultivamos a espiritualidade e isso envolve sobretudo: o estabelecimento da relação com o ser divino que veneramos. A fonte de força é trazida à planta pelo poder da luz do sol. A força da fé provém da luz que Deus nos envia. Então não podemos nos esconder dela, mas nos voltarmos cada vez mais para ela. E como essa luz se manifesta através da palavra de Deus. Esta é a semente. Como na parábola do semeador, o terreno fértil é a nossa alma que ouve a palavra e medita sobre ela e por meio dela se deixa transformar. A palavra ouvida se transforma em palavra pensada em silêncio e devolvida à fonte em meditação e oração. Da mesma forma como a planta necessita ser regada frequentemente, a palavra de Deus precisa ser meditada e rezada frequentemente. Quando devolvida ao ser divino nesse cultivo ela retorna mais forte na forma de intuições reveladoras e indicadoras de caminho. A luz do esclarecimento divino nos faz perceber o que em nós necessita mudar e no decorrer do tempo a transformação de fato acontece. A divindade em nós começa a brilhar e reluzir. Ela não só nos transforma, ela transforma o mundo em torno, pois tudo passa a ser visto através da luz espiritual. A experiência dessa recepção é a prova de seu valor e nos torna mais fortes na fé. Será possível imaginar aonde a repetição constante do processo pode nos levar?

Carlos Maranhão

Reflexão para o domingo, 5 de setembro

Referente ao perícope de Lucas 10, 1-12

EU vos envio, pois a colheita é grande!

– Onde está a colheita, Senhor?

Em todos os lugares, nas cidades e nas aldeias, nos salões e nos casebres, nos gabinetes e nas fábricas, nas escolas, nos hospitais, nas ruas, nas praças…

– O que há para colher? Vemos somente dor, dúvida, divisão…

Quem enche seu alforje com discórdia, quem acumula em sua bolsa desavenças, fica sem espaço para os bons frutos da colheita…

Melhor irdes sem alforje e sem bolsa, com as mãos livres para colher (e acolher) o que encontrardes pelo caminho.

– Como saber o que colher, se tampouco sabemos qual o caminho…

O caminho é aquele que vossos pés indicarem. Melhor será mantê-los descalçados, sensíveis ao toque do chão, para perceber assim o que a terra tem a dizer.

– … mas e a colheita? e os frutos?

Apenas um: a paz!

– Como encontrar paz, se lobos uivam por todos os lados…

Os uivos dos lobos, pertencem aos lobos e mesmo que ameacem e devorem cordeiros, eles não se tornam cordeiros. O cordeiro se faz a partir de dentro.

– Ainda assim, Senhor, não será fácil encontrar paz na turba agitada…

Se o cordeiro em vós estiver presente, não importa o lugar, não importam as circunstâncias, a palavra que pronunciardes carregará a paz.

– Haverá acaso alguém para escutá-la?

A palavra-paz ecoa apenas no ouvido do cordeiro, o ouvido do lobo é surdo para ela.

– E como faremos, para trazer a paz, fruto da colheita?

Não deveis trazê-la! Deveis replantá-la, replicá-la ali mesmo onde ela amadureceu.

– Como isto será possível?

Quando a palavra-paz é acolhida na terra boa, que é o ouvido e o coração do cordeiro; tal palavra sana, consola, orienta e estimula o ser humano a querer tornar-se obreiro, disposto a arregaçar as mangas para o trabalho, sem medo do uivo dos lobos. Pois a colheita é grande!

Renato Gomes

Reflexão para o domingo, 29 de agosto

Época de Trindade

Referente ao perícope de Marcos 7, 31-37

“E pediram que impusesse as mãos sobre ele”

Quando queremos nos proteger de um som “ensurdecedor” levamos as mãos aos ouvidos.
Como seria o gesto de levarmos as mãos aos ouvidos da alma para silenciar todos os medos que nos ensurdecem?
A cada momento onde silenciamos as impressões externas e internas, abrimos nosso ouvido interior. Podemos pressentir o despertar deste ouvir, ao cultivarmos uma escuta ativa: Ouvindo sons da natureza; ouvindo atentamente ao outro, sem permitir que nossos próprios julgamentos e pensamentos “falem mais alto”; buscando momentos de silêncio em uma oração para tentar ouvir oque ressoa em nós…
É através deste nosso esforço onde o Cristo se aproxima, impõe suas mãos sobre nossas almas e em uma vibração de voz pronuncia: “Efatá”
A cura se dará ao longo dos tempos pela expressão da nossa vontade e pela misericórdia dos planos divinos espirituais.

Viviane Trunkle

Reflexão para o domingo, 22 de agosto

Época de Trindade

Referente ao perícope de Lucas 18, 35-43

Ele está sentado à beira do caminho. Todos os acontecimentos se passam a sua frente, sem seu envolvimento. Ele não acompanha o fluxo dos acontecimentos, não pode participar no desenvolvimento porque é cego. Apesar de todos os seus esforços ninguém o percebe, ele se encontra à parte de tudo, carente em todos os sentidos. Mas ele não desiste e uma vez pergunta: “O que se passa?”
Ele ouve falar que Jesus de Nazaré está passando e a multidão O está seguindo!
Já há algum tempo ele tem aprendido a discernir o essencial do transitório. Apesar de seus olhos não estarem abertos para a luz do mundo, ele se orienta por um compasso interior, o seu coração! Em algumas ocasiões pôde perceber a verdadeira intenção de outras pessoas, as tendências da época! Ele aprendeu também a valorizar e ser grato pela sua simples existência, independente da sua pobreza e das difíceis provações do destino. Jesus de Nazaré… não é ele o Filho de Davi? Com este questionamento a luz e calor de seu coração brilham mais forte. Ele acredita na profecia de que o Messias, o Cristo, o Ungido de Deus vai aparecer e trazer o Reino dos Céus para a Terra. Ele sabe porque sente em seu coração a tênue luz interior, que considera a semente terrena do reino prometido e esperado. Ele sabe que o Messias tem o poder divino de sanar e reger sobre todo o mundo. Logo eleva ele sua voz bem alto: “Filho de Davi, tenha misericórdia de mim!”
Bem-aventurado os pobres de espírito porque deles é o reino dos céus! Isto nos ocorre com o chamado do cego, pois ele é ouvido por Jesus, que apesar da resistência das pessoas em volta vai de encontro ao cego e o leva a um lugar confidencial. Lá a pergunta de Jesus: “Que queres que te faça?” E a resposta direta do cego: “Que eu veja!” E Jesus Cristo apenas confirma o que já havia sido germinado naquele homem, ou seja, a fé, que agora aumentaria ainda mais, e a nova visão espiritual, o conhecimento da realidade da ressurreição, a única força capaz de sanar e renovar. Assim renasce o Novo Homem das alturas espirituais, como Jesus esclarecera na sua conversa com Nicodemos (João,3). Este Novo Homem reconhece e caminha com o Cristo, o segue. No seu Eu revela-se o Reino dos Céus com todas as qualidades divinas do Logos primordial. Este EU SOU pode atuar no mundo com a qualidade da Criação Divina primordial. Agora em tudo que fizer poderá se manifestar o Reino dos Céus na Terra para o evolver do mundo, para a vida no grande organismo da Terra! Agora ele não está mais isolado nem à margem dos acontecimentos, mas no seu EU Sou divino percebe o ponto em que uma alavanca poderá erguer toda a criação, salvá-la, redimindo-a.
Esta é a história de cada um de nós, pois ainda não realizamos nem reconhecemos o papel-chave do mistério do Gólgota para todo o futuro da humanidade e da Terra, para o evolver do mundo.

Este Mistério é a chave de Davi, que abre e ninguém fecha e fecha e ninguém abre! Esta chave está guardada no EU SOU do Novo Homem. Somos como cegos nesse sentido. O Evangelho anuncia que o Filho do Homem, o Redentor está entre nós e virá ao encontro de cada um. Cabe poder perceber o momento em que passará por perto, para reconhecê-lo e mesmo chamá-lo por SEU Nome para sentir a sua proximidade e ser fortalecido por suas palavras e pela sua presença! O clamor alto pelo Cristo com certeza incomodaria, não seria apropriado nesta época em que ouvimos sobretudo a voz da técnica, da evidência científica, dos imediatos interesses sociais, políticos e econômicos! A mensagem do evangelho é considerada mesmo por muitos obsoleta, capaz de instigar conflitos religiosos. No entanto, ela une aqueles que a acolhem e quem O conhece e profere o SEU nome será ouvido, estará com ELE e fortalecerá a sua fé e reconhecerá tudo sob SUA luz. E quando atuar em seu nome sanará e renovará a vida e todas as criaturas, acima, abaixo e em torno de nós irão louvá-lo!

Helena Otterspeer

Reflexão para o domingo, 15 de agosto

Época de Trindade

Referente ao perícope de Lucas 9

Nossa existência terrena deve ter um sentido, o que significa que temos uma missão aqui. Se esta missão foi estabelecida por nós mesmos e por Deus antes de nascermos, então nosso propósito aqui é identificar que missão é essa. O relato do envio dos discípulos que lemos nos Evangelhos e, em particular, no Evangelho de Lucas, é o arquétipo do envio dos sacerdotes e missionários em muitas denominações cristãs, mas num sentido mais amplo ele se aplica a todos nós, na medida em que podemos entender que todos nós fomos enviados à Terra numa missão de aprendermos a estar a serviço de nossos irmãos e esse é o aprendizado fundamental do amor. Não precisamos deixar nosso lugar de moradia, nosso emprego ou forma de atuação para agir como enviados, porque onde estamos é onde devemos estar, e com quem estamos é com quem devemos estar. Mas a coisa mais importante que levamos aonde quer que vamos ou estejamos é o poder dado por Jesus para curar doenças e tirar demônios, ou seja, agir sobre o físico e a alma de nossos companheiros, ou seja, cuidarmos uns dos outros. Ao acolhermos Cristo em nosso coração, passamos a agir por força de seu poder e em seu nome. Ou seja, por sua autoridade. Ele é o autor, nós somos suas mãos e pés. Sua força, nós a levamos conosco onde quer que tenhamos que ir. Não se trata de uma força meramente física, é força interior. Força é saber que podemos suportar os obstáculos da vida, que temos grande resistência e persistência, equilibradas com paciência e calma interior, ou seja, não necessitamos levar bastão e alforja. Estamos comprometidos com o que precisamos fazer e fazemos isso de boa vontade. Quando a força é recebida por nós de Jesus pelo simples fato de sermos filhos de Deus, somos alimentados por essa força interior, poder pessoal, forte vontade e determinação. Não atuamos tentando controlar ninguém; nós calmamente agimos com confiança na direção do mundo espiritual. Outros podem subestimar nosso poder porque é tão “invisível” – mas esse poder é uma força que cura a nós mesmos e aos que estão conosco. Estamos no lugar certo, no momento certo e com as pessoas certas, pois somos enviados pelo Cristo para a construção do novo Céu e da nova Terra.

Carlos Maranhão

Reflexão para o domingo, 8 de agosto

Época de Trindade

Referente ao perícope de Lucas 15

No evangelho de hoje ouvimos sobre o caminho de vida de dois irmãos. O mais novo saiu da casa do pai e esbanjou tudo o que recebeu. Depois de passar necessidades ele consegue fazer uma grande virada em sua vida. Ele volta para o pai com a intenção de servi-lo.
O irmão mais velho sempre obedeceu e serviu o pai. Ele aparentemente nunca saiu de casa e não passou por uma virada tão grande. Ele recebe outra tarefa: a de se alegrar com a volta do irmão. De aceitar o caminho de vida tão diferente e festejar suas conquistas.
Certamente podemos encontrar semelhança dos dois irmãos conosco. Os dois caminhos nos mostram qualidades que são importantes. Reconhecer aonde erramos e mudar o rumo da nossa vida é a primeira delas. Isso nos ajuda no desenvolvimento individual.
A possibilidade de nos alegrarmos com os caminhos e conquistas dos outros é a segunda qualidade. Ela nos ajuda no desenvolvimento social. Ela pode trazer paz para as relações sociais.
Os dois juntos nos facilitam a aprender cada vez mais a servir. Servir ao nosso desenvolvimento, ao dos outros e ao de toda a humanidade. Assim daremos também passos para servir sempre mais ao mundo espiritual.

Julian Rögge