Caros membros e amigos.
No domingo 19 de setembro tivemos, após o Ato de Consagração do Homem, uma conversa sobre o tema “Comunhão e Diálogo Sacramental”. Segue logo abaixo uma resumo dessa conversa para aqueles que desejam se ligar a esse tema e não puderam participar da conversa.
Com um abraço fraterno,
Julian Rögge
O Diálogo Sacramental, o Ato de Consagração do Homem e a Comunhão.
A participação no Ato de Consagração do Homem requer, de cada um de nós, gestos que necessitam ser constantemente renovados: nos aproximarmos do próprio ato e da presença do Cristo. Nos Evangelhos encontramos imagens para estes gestos, como etapas a serem percorridas: a da grande multidão que acompanha o Cristo e ouve suas palavras. A multidão se aproxima e se vai. Já na imagem dos discípulos, vemos que formam um grupo consolidado, que assumem um compromisso. Vinculam seus destinos à missão do Cristo e constituem o grupo através do qual o Cristo pode atuar. Em uma última imagem, vemos um grupo enviado por Ele. Eles assumem a missão de levar sua palavra para o mundo e curar em seu nome. Iniciam assim, com as forças do Cristo, uma atuação no mundo.
Ao olharmos com consciência para nossa participação no Ato de Consagração do Homem, reconhecemos também essas etapas. Podemos acompanhar o Ato ouvindo suas palavras. Um aproximar-se e um ir-se. Em uma segunda etapa, talvez tenhamos o impulso de nos ligarmos com comprometimento ao Ato de Consagração do Homem. Aqui podemos desenvolver a responsabilidade por sua existência na Terra. Por último podemos nos sentir chamados a levar o impulso do Cristo para o mundo. Essas etapas podem ser sempre renovadas e não necessariamente atingidas a cada culto. Faz parte do exercício da nossa liberdade a decisão de percorrermos ou não as diferentes etapas.
Assim como a participação no Ato de Consagração do Homem, a Comunhão depende de nossa decisão em liberdade. Podemos nos perguntar: Eu quero receber hoje a comunhão e a benção da paz?
Nas orações que antecedem a Comunhão, rogamos que ela não venha a ser para a nossa morte, mas para a vida da nossa alma. E que se torne um remédio para nós. Como então nos preparamos para receber a comunhão? Como nos preparar a fim de colaborarmos para que ela venha a ser o remédio anímico?
O Diálogo Sacramental está em profunda ligação com o Ato de Consagração do Homem. Eles se complementam. No Diálogo Sacramental temos a possibilidade de olhar e trabalhar as questões da nossa vida e elevá-las para o mundo espiritual. Ele nos ajuda a estabelecer uma relação com as forças espirituais que nos acompanham. Nele recebemos a tarefa de aprender a sacrificar os nossos pensamentos ao mundo espiritual e a receber por meio dele a nossa vontade. Esse processo possibilita encontrarmos paz em nossas vidas e relações sociais. No Diálogo Sacramental nos preparamos para o momento da comunhão com o Cristo. Ele é o auxílio para que a comunhão venha a ser um remédio sanador.
Participar do Dialogo Sacramental, do Ato de Consagração do Homem e da Comunhão, está em nossa mais profunda liberdade. No mais íntimo de nossa alma deveríamos decidir, sempre de novo, quando estamos preparados para essa participação. Depende de nós, experimentarmos e descobrirmos como eles se entretecem.
Julian Rögge