Reflexão para domingo, 8 de outubro de 2023

Referente a Efésios 6:10-20 

Que atitudes podemos ter diante das adversidades? Ou permanecer perplexos e paralisados, com medo de que nos ocorra o pior, ou mantermo-nos firmes e armados interiormente como quem parte para uma guerra santa. Com a primeira opção não há o que fazer, nos entregamos às circunstâncias passivamente e isso só aumenta o medo e o pavor diante do desconhecido. A única alternativa digna é a segunda, mas não pensemos que ela seja solitária e independente, pois o armar-se aqui só pode receber sua legitimação quando estamos aliados às forcas espirituais do bem que esperam justamente nossa disposição, coragem e ação para se aliar a nós com o propósito de lutar contra as forças do mal. É isso o que significa vestir a armadura de Deus. Não são armas físicas – são disposições anímicas: Ora vejamos, que armas são essas indicadas por Paulo em sua carta aos Efésios: O que é o cinturão da verdade? O que divide nosso corpo entre as partes superior e inferior.

Verdade aqui é o que nos permite discernir nossas ações de modo que estejam ligadas aos propósitos superiores e não às forças instintivas inferiores. A couraça da justiça cobre o nosso peito – o âmbito do coração que regula em profundidade o âmbito de nossas relações se quisermos que elas sejam justas conforme um sentido moral superior. Calçados com o Evangelho da Paz é a motivação fundamental de nosso caminhar. Onde quer que levem nossos pés, os ensinamentos dos evangelhos nos norteiam e indicam o caminho. O escudo da fé protege todo o nosso ser contra os dardos malignos, sem fé estamos totalmente vulneráveis. O elmo da salvação cobre nossa cabeça, âmbito ao qual elevamos os pensamentos elevados iluminados pelo Cristo, que são a espada micaélica ou a palavra de Deus. Tudo isso culminando na atitude fundamental da oração, meio pelo qual nos unimos às hostes superiores de Micael e do Cristo.

Não por acaso, são sete, portanto, os elementos que compõem a armadura de Deus. Com essa preparação, podemos estar seguros e confiantes que não importa o que aconteça, a proteção divina nos guarda, protege e anima. Mas não nos esqueçamos que não se trata de uma atitude passiva, pois todo nosso ser esta aí ativamente engajado com o propósito divino. 

Carlos Maranhão