Reflexão para o domingo

  • Reflexão para o domingo, 17 de novembro de 2024

    Referente à perícope do Apocalipse de João 21

    Imagine uma semente descansando sob o solo. Na escuridão silenciosa, ela espera, escondida da vista,
    suportando a pressão da terra fria sobre ela. No entanto, mesmo nessa quietude silenciosa, ela contém um poder oculto, uma promessa de uma nova vida. Com o tempo, a luz do sol e a chuva, ela romperá a
    superfície, crescendo em direção à luz, transformando-se em algo além do que já foi, além até mesmo do
    que poderia ter imaginado se pudesse sonhar.
    Essa poderia ser uma metáfora para a imagem que João nos apresenta no Apocalipse da Nova Jerusalém. O que essa visão significa para nós hoje? Às vezes, nas lutas de nossas vidas, parece que somos como aquela semente, enterrada no escuro. Encontramos provações, contratempos, dor e perda. O peso do mundo pode nos pressionar fortemente. No entanto, o Apocalipse 21 nos lembra que nós também estamos em um processo de transformação. Esta visão não é apenas uma promessa distante; é um convite para viver com esperança e determinação agora. Ao nos apegarmos a esta visão, encontramos a força para continuar avançando.
    As promessas de Deus são certas, e seu propósito para a humanidade é nos levar a um lugar de união com Ele, onde estaremos totalmente vivos, totalmente renovados e totalmente em paz. Não se trata de uma novidade passiva, mas ativa, uma novidade da qual somos chamados a participar. Comecemos lembrando, todos os dias, que a presença de Deus já está conosco. A Nova Jerusalém simboliza não apenas uma realidade futura, mas também uma presente, a verdade espiritual de que o Espírito de Deus está vivo e ativo em nossos corações agora mesmo. Ele caminha conosco em nossas lutas e nos chama para nos elevarmos acima delas, para avançar em direção à luz, assim como a semente cresce em direção ao sol. 

    Carlos Maranhão