Época de Trindade
Referente ao perícope João 3, 1-21
“Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito”.
João 3, 5-6
Todos os dias, de manhã o sol nasce, e à tarde ele se põe. Qualquer um que presta atenção, pode observar como o sol começa o seu caminho no Leste, se eleva pelo céu, até alcançar seu cume ao meio-dia, e desce até desaparecer no Oeste. Podemos ver como o Sol faz o seu percurso no céu, enquanto a Terra está imóvel sob os nossos pés. Esta é a vivência que todos temos: o Sol gira em torno da Terra. E, no entanto, desde crianças aprendemos, e acreditamos, que a realidade é o oposto: a Terra gira em torno do Sol.
Há muitas coisas que se apresentam aparentemente de uma maneira, mas observando melhor se reconhece que a verdade pode ser o oposto. Assim é também com o nascimento e a morte. A nossa biografia, aqui na Terra, tem um início e um fim. Normalmente, dizemos que nascemos no início da nossa biografia e morremos no seu fim. Mas, observando melhor, podemos reconhecer que, essa forma de ver as coisas, é uma verdade somente em relação ao corpo. Aquilo que chamamos de nascimento, é o início da vida do corpo, e o que chamamos de morte, o fim da sua vida. Mas nós não somos o nosso corpo. Temos um corpo, mas em realidade somos a alma, o eu que se encarnou neste corpo.
Como foi, para a nossa alma, a experiência que ela teve ao se encarnar? Ela se separou do mundo espiritual, se separou da sua origem. Para a nossa alma, encarnar-se é muito mais uma vivência de separação, de morte. A verdade é que, quando o corpo nasce e a alma se encarna, ela passa por uma vivência de morte.
E como será quando o corpo morrer? Esta é a pergunta essencial do Cristianismo: é possível nascer de novo, da água e do Espírito? É possível nos ligarmos não só com o corpo, mas também com o Espírito, de tal forma que a nossa alma, no momento da morte do corpo, possa nascer de novo? Este é o impulso que o Cristo nos trouxe: que possamos nascer no Espírito, depois da morte do corpo.
Precisamos da ligação com o corpo para formar a nossa consciência desperta. Mas cada esforço que fazemos para preencher nossa consciência, nossos pensamentos e nossos sentimentos, com uma realidade espiritual, pode fazer parte do processo de gestação da nossa alma, para que possamos nascer no Espírito.
Há muitas coisas que se apresentam aparentemente de uma maneira, mas observando melhor se reconhece que a verdade pode ser o oposto. Assim é também com o nascimento e a morte. A nossa biografia, aqui na Terra, tem um início e um fim. Normalmente, dizemos que nascemos no início da nossa biografia e morremos no seu fim. Mas, observando melhor, podemos reconhecer que, essa forma de ver as coisas, é uma verdade somente em relação ao corpo. Aquilo que chamamos de nascimento, é o início da vida do corpo, e o que chamamos de morte, o fim da sua vida. Mas nós não somos o nosso corpo. Temos um corpo, mas em realidade somos a alma, o eu que se encarnou neste corpo.
Como foi, para a nossa alma, a experiência que ela teve ao se encarnar? Ela se separou do mundo espiritual, se separou da sua origem. Para a nossa alma, encarnar-se é muito mais uma vivência de separação, de morte. A verdade é que, quando o corpo nasce e a alma se encarna, ela passa por uma vivência de morte.
E como será quando o corpo morrer? Esta é a pergunta essencial do Cristianismo: é possível nascer de novo, da água e do Espírito? É possível nos ligarmos não só com o corpo, mas também com o Espírito, de tal forma que a nossa alma, no momento da morte do corpo, possa nascer de novo? Este é o impulso que o Cristo nos trouxe: que possamos nascer no Espírito, depois da morte do corpo.
Precisamos da ligação com o corpo para formar a nossa consciência desperta. Mas cada esforço que fazemos para preencher nossa consciência, nossos pensamentos e nossos sentimentos, com uma realidade espiritual, pode fazer parte do processo de gestação da nossa alma, para que possamos nascer no Espírito.
João F. Torunsky