Referente à perícope do Evangelho de Mateus 21, 1-11
Se as árvores das florestas pudessem se expressar, gritariam: Socorro!
Se as baleias e todos os seres marinhos pudessem falar, clamariam: Socorro!
Se as geleiras polares pudessem manifestar sua dor frente ao derretimento incontrolável , gemeriam: Socorro!
Todos os seres vivos, todos os ecosistemas, todo o mundo dos elementos e seres que nele vivem, sofrem com a contaminação e a devastação que o ser humano lhes causa.
Também entre nós mesmos, certos grupos se outorgam o direito de impor a outros sua vontade pela força bruta, pela opressão, pela ganância perversa.
Como se houvesse justificativa moral para fazer guerra, para explorar, para discriminar! Também aqui se ouve, em muitos lados, o pranto: Socorro!
A quem se dirige este clamor?
Há quem possa ouvi-lo?
No Domingo de Ramos, o povo reunido diante das muralhas de Jerusalém, cansado do jugo dos opressores e colonizadores da ocasião, também gritou: Socorro!
Gritou à sua maneira: Hosana!
Seu clamor se dirigia àquele que vem em nome do Senhor!
Hosana! Socorro! – que essa voz seja escutada e reverbere, também hoje, até o mais alto dos céus!
Sim, assim seja!
Renato Gomes