Reflexão para o domingo, 13 de abril de 2025

Referente à perícope do Evangelho de Mateus 21, 1-11

Se as árvores das florestas pudessem se expressar, gritariam: Socorro!

Se as baleias e todos os seres marinhos pudessem falar, clamariam: Socorro!

Se as geleiras polares pudessem manifestar sua dor frente ao derretimento incontrolável , gemeriam: Socorro!

Todos os seres vivos, todos os ecosistemas, todo o mundo dos elementos e seres que nele vivem, sofrem com a contaminação e a devastação que o ser humano lhes causa.

Também entre nós mesmos, certos grupos se outorgam o direito de impor a outros sua vontade pela força bruta, pela opressão, pela ganância perversa.

Como se houvesse justificativa moral para fazer guerra, para explorar, para discriminar! Também aqui se ouve, em muitos lados, o pranto: Socorro!

A quem se dirige este clamor?

Há quem possa ouvi-lo?

No Domingo de Ramos, o povo reunido diante das muralhas de Jerusalém, cansado do jugo dos opressores e colonizadores da ocasião, também gritou: Socorro!

Gritou à sua maneira: Hosana!

Seu clamor se dirigia àquele que vem em nome do Senhor!

Hosana! Socorro! – que essa voz seja escutada e reverbere, também hoje, até o mais alto dos céus!

Sim, assim seja!

Renato Gomes