Referente à perícope do Evangelho de João 14, 1-16
Quando, na cruz, Jesus Cristo deu seu último suspiro, Deus morreu, a terra estremeceu, o sol escureceu. Deveriam a humanidade e a Terra necessariamente agora perecer? Com certeza não, os sinais deste momento significativo na evolução foram sinais de um nascimento! Algo completamente inédito e novo nasceu na Terra!
No domingo de Páscoa, por Jesus Cristo, por si mesmo, o Eu da humanidade se ergueu do túmulo. O Espírito de Cristo nasceu na Terra. Ele é um novo princípio da vida e da luz na Terra. Ele atua no interior – na alma e no centro da Terra, e no exterior – na cultura e na atmosfera terrestre, em ritmo alternado. Ele vai e seu espírito vem, também alternadamente. Mas este pulsar vivo que envolve o ser humano, depende de cada um. Cristo deve penetrar cada vez mais na alma humana. A alma humana deve, em liberdade, procurar o Cristo.
A alma deve se preparar para o casamento místico, enfeitar-se com os frutos de um conhecimento superior espiritual. Ela deve vestir a veste nupcial branca. Assim ela prepara um espaço onde o Filho pode vir a morar. Deste lugar, do íntimo da alma virá a salvação, a cura, a espiritualização de tudo que é transitório – pela atividade do Eu, que se torna um servidor, um seguidor de Cristo!
A alma vai se transformando, se espiritualizando.
O mundo vai se transformando, se espiritualizando.
Nas palavras de Cristo: “Eu e o Pai somos um!”
Desde a morte de Jesus Cristo na cruz, as trevas continuaram a se espalhar em vários âmbitos da civilização e da alma humana. Ambas estão hoje ameaçadas pelas trevas e forças da morte, pelo materialismo. No entanto, também muita transformação se deu, sem a qual não poderíamos ter recebido a dádiva espiritual dos sacramentos renovados.
Precisamos de muita coragem! De toda a parte da criação ergue-se o apelo:
“Abra a tua alma para o Espírito de Cristo!”
Só assim da queda, da morte e das trevas se erguerão vida e luz!
Isto é hoje o essencial, o imprescindível para a humanidade, para a Terra e todo mundo!
Helena Otterspeer