Reflexão para o domingo, 17 de julho

Época de João Batista

Referente ao perícope de Mateus 11, 1-15

Jesus inaugurou uma nova era. Os velhos tempos terminaram com João Batista. Com Jesus começa o tempo do reino dos céus. Com Jesus, todos os tipos de pessoas podem ter uma vida no reino dos céus agora mesmo. E o menor no reino dos céus é maior do que João. Ao lermos os evangelhos, aprendemos que Jesus convidou todos os tipos de pessoas para o reino dos céus. Jesus convidou a todos, incluindo pecadores. Para os judeus devotos, esse pensamento era simplesmente perverso, uma violação do reino dos céus. Mas pela graça de Jesus, todos indistintamente poderiam tornar-se cidadãos do reino dos céus. E Jesus chamou o menor deles maior do que João Batista. Porque João era um servo de Deus no sentido do Antigo Testamento, embora o maior. João não foi autorizado nem mesmo a chamar Deus pelo nome, mas esses pecadores que pertenciam ao reino dos céus foram autorizados a chamar Deus de Pai. João não era um junco balançando ao vento. Ou seja, João não era fraco e vulnerável, tampouco era influenciado pela pressão de ninguém, mas sim fiel às suas convicções e ao chamado de Deus. Além disso, João não era um homem vestido com roupas macias em palácios reais, mas se vestia rusticamente e estava entregue às forças da natureza. Finalmente, Jesus diz quem João, de fato, era. João era um profeta, mas não um profeta qualquer e sim enviado para preparar o caminho para o Messias. Jesus faz essas duas grandes declarações consecutivas que parecem contraditórias: Primeiro, não há ninguém que tenha nascido que seja maior do que João Batista. Isso é grandioso, mas depois faz esta segunda declaração: o menor no reino dos céus é maior do que João. João é o maior, e o menor no reino dos céus é maior do que João. Como assim? Aqui está o que Jesus está dizendo: a pessoa que conhece Jesus, por quem Ele realmente é e o que Ele realmente fez, tem acesso a algo maior do que qualquer outra experiência daqueles antes da obra de Jesus. A sua vinda faz mudar tudo tão completamente que o menor no reino dos céus, passa a ser, por meio de Jesus, maior do que o maior sem a sua obra. João Batista foi enorme, ele era santo, ele buscou a Deus, ele foi o maior profeta de todos os tempos, mas ele foi o último profeta, pois ele não experimentou nada parecido com o que aqueles que realmente conhecem Jesus podem experimentar. Por isso podemos dizer que já não necessitamos mais de profetas, pois nos tornamos profetas de nós mesmos. Ao estabelecermos relação com O Cristo conscientemente entramos num caminho para nos reconhecer como filhos de Deus, trabalhando para que possamos entrar em seu reino.

Carlos Maranhão