Reflexão para o domingo, 17 de maio

Referente ao Perícope João 14

Todo o capítulo 14 do Evangelho de João tem, como pano de fundo, a relação entre o Pai, o Filho, o Espírito Santo e os seres humanos. Nele o Cristo se despede dos discípulos. Ele diz que irá para o Pai e o Pai enviará o Espírito Santo, o Espírito da Verdade. Porém os discípulos não compreendem. À pergunta de Tomé, Cristo responde: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Com o ‘Eu sou’, Cristo nos mostra uma possibilidade de nos aproximarmos do mundo espiritual. Ele aponta para um caminho em direção ao Pai e ao Espírito Santo através dele.
Os seres espirituais respeitam totalmente a nossa liberdade. O impulso de nos relacionarmos com eles, deve partir de nós. Precisamos dar o primeiro passo para trilhar o caminho em direção ao Divino. Um primeiro passo pode ser procurarmos sentir e entender a verdade eterna. A verdade que permeia tudo e da qual o Cristo nos fala. A verdade que vem do Espírito Santo. Ao estarmos atentos, descobrimos a verdade em tudo ao nosso redor: Na beleza de uma pedra, na simetria de uma flor, na sabedoria de uma colmeia. Toda a natureza é repleta de verdade e sabedoria. Procurando em nossa vida e em nossa alma a encontramos também: No destino da nossa biografia, nos encontros com outras pessoas, no diálogo com o mundo espiritual e nas palavras do Cristo.
O sopro da verdade que descobrimos muda a nossa vida? Ela vai se tornar essencial para nós? A procura da verdade ganha sentido quando tentamos integrar cada descoberta em nossa vida; quando a verdade muda a nossa vida. Podemos atuar da mesma maneira na natureza, nas relações humanas e no relacionamento com o Divino quando percebemos que tudo é repleto da mesma verdade?
O ‘Eu sou’ pode se tornar uma prática diária: A cada dia começar novamente o caminho, descobrir sempre de novo a verdade e deixá-la penetrar e mudar nossa vida. Assim estaremos com Cristo no caminho para o Pai e o Espírito da Verdade.

Julian Rögge