Reflexão para o domingo, 2 de janeiro

Época de Natal

Referente ao perícope de Lucas 2, 25-35

O Natal chegou. Celebramos uma vez mais a vinda do menino Jesus. Nos nossos tempos isso tem um significado diferente do que foi no passado, pois sabemos que ele preparou a vinda de Cristo trinta anos depois. Conhecemos os fatos posteriores do Mistério de Gólgota. E, da mesma forma como Simeão teve a promessa da vinda do Messias, nós temos a promessa da vinda do Cristo em nosso coração. Simeão era um homem cheio do Espírito Santo. Ele soube reconhecer o Salvador ainda nos braços de sua mãe Maria. Como podemos vivenciar hoje a promessa do Cristo. O cumprimento da promessa no caso de Simeão se deu por conta de seu coração puro e de sua ligação com o Espírito. Ora, isso não deveria ser diferente para o cumprimento da promessa que estamos a espera. Isso dependerá também de quanto formos capazes de purificar nossas almas e de quanto pudermos abrir nossos corações para a sua vinda. É o início de um novo ano. Um novo calendário para começar mais um ano de vida. A maioria das pessoas começa definindo algumas resoluções para o ano novo. Geralmente isso significa ponderar retrospectivamente tomando consciência do que queremos melhorar, do que queremos mudar em nós com vistas a uma vida mais plena e feliz. Algumas pessoas não levam muito a sério suas resoluções de ano novo. Afinal, elas são apenas promessas para si mesmo. Podemos pensar que, se não as cumprimos, não será tão ruim. Mas na verdade trata-se de algo muito importante, pois quanto mais pudermos aperfeiçoar nosso ser, sobretudo no sentido de criar esse espaço interior para o Cristo, tanto mais a promessa poderá se realizar e é curioso, pois aí vemos que a promessa da segunda vinda do Cristo no etérico, ou seja em espírito, não depende dele, mas de nós, pois desde a Ascensão ele está à espera daqueles que puderem abrir seus corações para recebê-lo.

Carlos Maranhão