Época da Paixão
Referente ao perícope de Lucas 11, 29-36
De Cristo é exigido um “sinal dos céus”.
Uma nova tentação: Abusar das forças divinas para induzir a humanidade em uma direção errada. Também essa tentação é rejeitada. E com isso ressoa a palavra do “sinal de Jonas”(Jonas 1 a 4). Este é, porém, o sinal dos três dias de repouso do Cristo na terra, assim como Jonas esteve por três dias no interior do “grande peixe” – uma imagem para a iniciação nos mistérios da Terra.
Temos aqui a indicação para a Paixão que conduzirá às profundezas da terra, e que através disso prepara a ressurreição. Com isso a Época da Paixão é iniciada de forma significativa. Cristo se depara com uma humanidade induzida em erro. Ele, porém, não se afasta dela, ele se aproxima, liga-se a ela.
Com a imagem do sacrifício no sinal de Jonas temos a possibilidade de vivenciar como a luz poderá brilhar na consciência turva da humanidade. Assim temos também a palavra iluminada ao final deste perícope: “Ninguém acende uma candeia e a põe em lugar oculto…”, e: “…então todo o teu corpo estará iluminado” – uma indicação significativa da corporeidade entretecida de luz que deve derivar da Paixão.
Tradução livre do livro “O Evangelho no decorrer do ano” de Hans-Werner Schroeder
Viviane Trunkle