Reflexão para o domingo, 27 de junho

Época de João Batista

Referente ao perícope de Marcos 1, 1-11

João Batista, conclamava para que os seres humanos abrissem suas almas à transição dos tempos.
Uma nova era estava na iminência de rasgar os véus que os apartavam do mundo espiritual.
Do deserto, da solidão soava o clamor. A voz no deserto anunciava o Verbo que se fez carne e se tornou a fonte de água viva para todo ser sedento de espírito.
João estava no lugar certo, na hora certa e teve a atitude acertada. Reconheceu sua pequenez, mas não fugiu à tarefa de batizar com água Aquele que viria a introduzir o batismo de fogo.
Imagem grandiosa para o ser humano. Vivemos no deserto da alma, na solidão da dor. Nossa voz ainda soa fraca e baixa, mal conseguimos perceber o Verbo que nos rodeia, quanto mais anunciá-lo. Nossa tarefa de vigiar é constantemente acometida por longos períodos de sonolência e sonho. Por onde começar nosso trajeto de mudança? Ao observar em nós aquilo que excessivamente nos prende ao passado e impossibilita nossa transição. Permitir que algo chegue ao fim nos levará a vislumbrar o sol do novo mundo. Cabe a cada um de nós darmos o passo em direção à fonte de água pura e cristalina que nos vivificará. Cabe a nós estarmos cada vez mais vigilantes para mantermos nossa presença de espírito a fim de percebermos nossa pequenez e em humildade nos colocarmos a serviço do Verbo que nos batizará com fogo.

Viviane Trunkle