Reflexão para o domingo, 31 de janeiro

Época de Epifania

Referente ao perícope de João 5, 1-16

„Levanta-te, toma o teu leito e anda.“

João 5, 8

Quando uma pedra cai no chão sabemos que isto acontece pelo fato de que a pedra é atraída pela Terra.

Quando uma planta cresce podemos perceber como ela é elevada pelas forças do cosmo, pelo Sol, pela Lua, pelas estrelas.

Quando um animal anda pela superfície da Terra à procura de alimento, ou se defende para sobreviver, ou se une ao outro para procriar, podemos sentir que ele é conduzido por instintos que atuam em sua alma.

Mas o que acontece quando nós, seres humanos, conseguimos mobilizar em nós uma força de vontade que é mais do que uma reação às influências do mundo físico, que é mais do que processos biológicos da nossa vitalidade, que é mais do que instintos que nos conduzem para sobrevivermos e procriarmos?

Quando realmente conseguimos mobilizar uma força de vontade que almeja metas colocadas em liberdade por nós mesmos, vivenciamos a realidade do nosso Eu: aquele que não é dirigido pelas forças da terra, nem pelas forças do cosmo, nem pelos instintos da alma, mas por si próprio.

Este Eu não é o nosso eu cotidiano, mas Aquele que conversa com nós mesmos e nos diz: „Levanta-te, toma o teu leito e anda.“

João F. Torunsky