Reflexão para o domingo, 6 de junho

Época da Trindade

Referente ao perícope de João 3, 1-21

Quando observamos a chegada da luz de um novo dia, percebemos como o mundo se torna pouco a pouco visível. Primeiro enxergamos contornos em diferentes tons de cinza. Depois as cores se evidenciam. Por fim, os raios de sol deixam o mundo visível. Porém, com a chegada da luz, as sombras também aparecem.
Podemos observar um fenômeno semelhante em nossas almas. No início de nossa vida, o mundo da alma, não tem ainda a luminosidade da consciência. Enxergamos somente seus contornos. Pouco a pouco reconhecemos o que há nele ao trazermos a luz da consciência. O mundo da alma torna-se mais visível.
Assim como o sol ilumina o mundo, Cristo quer iluminar a nossa alma. A luz do Cristo mostrará o que brilha em nós. Mas ela tornará também visível nossas sombras. Teremos a coragem e a força de nos abrirmos para essa luz pura e olharmos para nossas sombras?
Quando damos esse passo, podemos perceber a diferença entre a luz do mundo e a luz do Cristo. Com a luz do Cristo, nossas sombras ficam visíveis, mas ao mesmo tempo são envolvidos em seu amor. Nele encontramos a força para aceitá-los e transformá-los.

Julian Rögge