Reflexão sobre o Evangelho de João, 11 de maio

“Da multidão, muitos acreditavam nele, e comentavam: ‘Quando vier o Cristo, acaso fará mais sinais do que este?’
Os fariseus perceberam que a multidão murmurava tais coisas a respeito de Jesus. Os sumos sacerdotes e os fariseus mandaram então guardas para prendê-lo.
Mas, Jesus lhes disse: ‘Por pouco tempo ainda estou convosco; depois vou para aquele que me enviou. Vós me procurareis e não me encontrareis. E lá, onde eu estou, vós não podeis ir.’
Os judeus comentavam: ‘Para onde irá, de modo que não o poderemos encontrar? Acaso irá aonde vivem os judeus dispersos entre os gregos? Irá ensinar aos gregos?
Que significa a palavra que ele falou: ‘Vós me procurareis e não me achareis’ e: ‘Lá onde eu estou, vós não podeis ir?’”

João 7, 31-36

“Vós me procurareis e não me achareis. Lá, onde estou, vós não podeis ir.”

O atuar do Cristo é em nome do Pai. Total entrega à obra das hierarquias superiores. Ele não requer nada para si mesmo. Nem glória, nem autoafirmação.
Ele dispõe seu eu em sacrifício para tornar-se humilde servo de seu Pai, com o propósito de resgatar a humanidade, à qual ligou-se em devoto amor.
Os seres humanos que o rodeavam, não compreendiam sua missão, tão pouco sua forma de se apresentar. Seus irmãos lhe disseram: “Ninguém faz algo em segredo quando procura ser publicamente conhecido”.
Não fazer algo em segredo para se tornar conhecido, cabe melhor a nós que constantemente necessitamos alimentar nosso ego. Necessitamos a autoafirmação. E eis aí a pedra no caminho. Aquela que nos impede de chegarmos onde Ele está: O afã de preenchermos nosso ego.
Em contrapartida, o afinco na busca de nosso verdadeiro ser irá nos colocar na estrada que nos leva a Ele. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” (Jo14). Quanto mais nos tornarmos servos humildes da verdade, mais preenchidos de Seu ser estaremos. O momento egoico da humanidade pode vir a ser passageiro. Depende de todos nós nos esforçarmos em entrega desinteressada de nosso ego. Depende de nós, conquistarmos o “não eu, mas o Cristo em mim”.

Viviane Trunkle