“Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela palavra deles. Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim, e eu em ti. Que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste.
Eu lhes dei a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: eu neles, e tu em mim, para que sejam perfeitamente unidos, e o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste como amaste a mim. Pai, quero que estejam comigo aqueles que me deste, para que contemplem a minha glória, a glória que tu me deste, porque me amaste antes da criação do mundo.
Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste. Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o farei conhecer ainda, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles.”
João 17, 20-26
Vivemos em uma época de grande individualização. Isso percebemos nos costumes e nos conceitos da vida. Hoje em dia temos uma variedade de costumes e conceitos muito maior do que a cem anos atrás. Cada vez menos nos sentimos definidos pela nação, pelo povo ou pela família. Nos sentimos como individualidades, como se cada um de nós fossemos uma espécie em si. Para onde esse caminho nos leva?
A individualização é necessária para o desenvolvimento da humanidade. Através dela podemos desenvolver a liberdade. Mas a liberdade e a individualização representam também o risco de cairmos no egocentrismo. No egoismo sem limites. Combatemos esse risco desenvolvendo o amor em conjunto com a liberdade.
Fazemos passos nessa direção ao reconhecermos o amor do Cristo em cada ser humano. Ao seguirmos o exemplo de Cristo, desenvolveremos em nós o amor para com o outro e pela humanidade. O amor a tudo que está ao nosso redor. A força desse amor pode possibilitar uma nova união entre Cristo e a humanidade e entre os seres humanos. Quanto mais isso se tornar uma realidade, mais poderemos ser indivíduos diferenciados e livres, sem corrermos o risco de cair no egoismo.
Julian Rögge