Reflexão para o domingo, 4 de junho de 2023

Referente à perícope do Evangelho de João 3, 1-17

Pelo processo natural não podemos nascer de novo durante uma vida terrena. Nascemos, crescemos e faleceremos. Isso é o curso natural da vida.

Podemos nascer de novo? Podemos nascer do alto? Nessas duas formas a fala de Cristo para Nicodemos poderia ser traduzida.

Para essa questão precisamos olhar para os processos da nossa alma e da nossa individualidade. Na nossa vida encontramos momentos de grandes crises, onde não sabemos mais como continuar e ir em frente, onde aparentemente não há um caminho para o futuro. Neles, nós nos sentimos impotentes e sem força para ir em frente. Chegamos a uma vivência de morte.

Ao chegar nesse fundo do poço, uma ajuda inesperada nos surpreenderá. Ela pode vir de outra pessoa ou do mundo ao nosso redor. De repente, a situação que aparentemente não tinha saída, começa a mudar. Começamos a enxergar um novo caminho. Assim nós nos sentimos renascidos. Podemos descobrir atrás dessa ajuda o atuar do mundo espiritual. Pouco a pouco ganharemos confiança no seu atuar em toda nossa vida. Reconheceremos cada vez mais o atuar dos céus na terra e assim nascemos de novo, do alto, pelo Espírito.

Julian Rögge

Reflexão para o domingo, 14 de maio de 2023

Reflexão para o domingo, 14 de maio de 2023

Referente à perícope do Evangelho de João 14, 1-16

Quando, na cruz, Jesus Cristo deu seu último suspiro, Deus morreu, a terra estremeceu, o sol escureceu. Deveriam a humanidade e a Terra necessariamente agora perecer? Com certeza não, os sinais deste momento significativo na evolução foram sinais de um nascimento! Algo completamente inédito e novo nasceu na Terra!

No domingo de Páscoa, por Jesus Cristo, por si mesmo, o Eu da humanidade se ergueu do túmulo. O Espírito de Cristo nasceu na Terra. Ele é um novo princípio da vida e da luz na Terra. Ele atua no interior – na alma e no centro da Terra, e no exterior – na cultura e na atmosfera terrestre, em ritmo alternado. Ele vai e seu espírito vem, também alternadamente. Mas este pulsar vivo que envolve o ser humano, depende de cada um. Cristo deve penetrar cada vez mais na alma humana. A alma humana deve, em liberdade, procurar o Cristo.

A alma deve se preparar para o casamento místico, enfeitar-se com os frutos de um conhecimento superior espiritual. Ela deve vestir a veste nupcial branca. Assim ela prepara um espaço onde o Filho pode vir a morar. Deste lugar, do íntimo da alma virá a salvação, a cura, a espiritualização de tudo que é transitório – pela atividade do Eu, que se torna um servidor, um seguidor de Cristo!

A alma vai se transformando, se espiritualizando.

O mundo vai se transformando, se espiritualizando.

Nas palavras de Cristo: “Eu e o Pai somos um!”

Desde a morte de Jesus Cristo na cruz, as trevas continuaram a se espalhar em vários âmbitos da civilização e da alma humana. Ambas estão hoje ameaçadas pelas trevas e forças da morte, pelo materialismo. No entanto, também muita transformação se deu, sem a qual não poderíamos ter recebido a dádiva espiritual dos sacramentos renovados.

Precisamos de muita coragem! De toda a parte da criação ergue-se o apelo:

“Abra a tua alma para o Espírito de Cristo!”

Só assim da queda, da morte e das trevas se erguerão vida e luz!

Isto é hoje o essencial, o imprescindível para a humanidade, para a Terra e todo mundo!

Helena Otterspeer

Reflexão para o domingo, 2 de abril

Referente ao Evangelho de Mateus 21

A entrada de Jesus em Jerusalém

O acesso à árvore da vida havia sido vedado à humanidade no momento em que Adão e Eva foram expulsos do Paraíso para começar num corpo terreno o seu desenvolvimento com seres espirituais. A Árvore da vida permaneceu sobre a proteção do espírito solar. Por isso o ser humano passou a viver uma parte da sua trajetória na Terra e depois da morte uma parte da sua trajetória nos céus, onde ia de encontro ao espírito solar. Também na Terra o ser humano vive uma parte do dia em vigília e outra parte da noite no sono de volta ao mundo divino. Assim o espírito solar em comunhão com os seres divinos ainda deixavam fluir a vida para o desenvolvimento da humanidade. A árvore da vida foi passo a passo pelo mérito de iniciados se entrelaçando com a árvore do conhecimento do bem e do mal. Suas sementes foram sendo semeadas na humanidade.
Agora chegara a hora em que a árvore da vida não deveria mais ficar protegida por Deus, mas o ser humano mesmo deveria conscientemente ter acesso a essa árvore e poder gozar da vida eterna. A vida eterna compartilhada na comunidade com todos os seres divinos desde os anjos até os querubins e serafins. Estes no entanto tinham se afastado para que nesse momento único da humanidade no coração do homem pudesse ser preparada uma nova morada para a vida, para esses seres. Também na vida pós morte o ser humano não encontrava mais a assistência divina para continuar o seu caminho na Terra.
Um grande desafio chegou para o homem na hora em que estava mais fraco e sem o amparo divino. Foi nesse momento em que Cristo, o Filho de Deus, o Logos se despojou da sua natureza divina para se tornar homem e passar conscientemente pela morte. Deixou descer o seu espírito como uma semente na Terra, para morrer e frutificar.
Jesus Cristo foi crucificado. A cruz em que foi cravado foi, segundo a lenda, feita com a madeira madeira tirada da árvore da vida entrelaçada com a árvore do conhecimento. Assim Ele pôde resgatar a morte como a chance de transformação, de superação para o desenvolvimento do ser humano e ele inicia uma nova e esperançosa jornada para a humanidade, que o pode seguir.
Seu sangue fluiu para dentro da Terra. Agora o espírito do sol vive na Terra com os homens. Os homens que vão se ligando ao Cristo seja na contemplação interior, seja nas celebrações das festas cristãs vão transformando a sua natureza mortal, o seu corpo físico para que um dia sejam espíritos entre outros espíritos, eternamente.

Helena Otterspeer

Reflexão para domingo, 19 de fevereiro de 2023

Referente ao perícope do Evangelho de Mateus 4, 1-11

No Antigo Testamento fala-se pela primeira vez na tentação quando a serpente (Lúcifer) insiste para que Eva coma do fruto da árvore do conhecimento do Bem e do Mal.

Eva viu que o fruto era atrativo aos sentidos e o saboreou, entregou-o também a Adão, para que o comesse.

A tentação no Paraíso começa com a atração do ser humano por certo alimento. Um alimento que lhe apetece.

Ao comê-lo seus olhos se abrem, ou seja, os sentidos humanos se direcionam com maior intensidade para a realidade sensorial do mundo.

Se antes Adão e Eva viam diretamente a Deus, depois de haver comido do fruto da árvore do conhecimento, perdem este contato imediato com Ele e precisam deixar o Paraíso.

O fruto da árvore do conhecimento possibilita ao ser humano mergulhar com maior profundidade no seu organismo físico e por conseguinte seus sentidos para o mundo exterior se abrem, ao mesmo tempo que os sentidos para o mundo divino (Paraíso) começam a se fechar.

O impulso para provar da árvore do conhecimento, porém, provém do âmbito inconsciente do sistema digestivo (“o fruto apetitoso, bom para comer”).

Os alimentos que comemos ajudam a unir nosso organismo corpóreo com a própria Terra, nos dão força e disposição. Ao mesmo tempo nos ajudam a estar vigilantes na consciência e ser capazes de usar nossos sentidos para investigar e compreender o mundo que nos rodeia.

Este é o caminho da encarnação do ser humano na Terra. Neste caminho fomos nos afastando cada vez mais dos céus.

Nos afastamos tanto que hoje, na maioria das vezes, não temos dúvidas que somos cidadãos da Terra, mas vivem em nós muitas questões quanto à nossa origem celeste e se um dia retornaremos à pátria divina ou se sucumbiremos, seguindo o mesmo destino da matéria do mundo, que compõe nosso corpo físico.

Para trazer à humanidade uma nova possibilidade de retornar ao mundo celeste, ou à Casa do Pai, como é chamada nos Evangelhos, Cristo veio ao mundo.

Logo após o Batismo no Rio Jordão, Cristo vai ao deserto. Ali ele é tentado.

Nesta cena do Evangelho de Mateus temos uma descrição imaginativa do processo que se repete desde a cena descrita no início do Antigo Testamento.

Cada espírito humano que se encarna, entra numa relação mais profunda com seu organismo corpóreo. Seus sentidos se abrem cada vez mais intensamente para perceber o mundo físico, mas ao mesmo tempo percebe que o seu próprio corpo também reclama por algo que somente se supre por meio do alimento.

A vida no espírito não necessita do alimento terreno. O corpo, porém, precisa dele.

O tentador apelou principalmente ao lado instintivo que o alimento provoca. No princípio, identificado como serpente no Paraíso, ele confundiu Eva e lhe disse que se comesse não sofreria as consequências da encarnação no organismo corpóreo.

Na descrição de Mateus o tentador almeja mais uma vez confundir os âmbitos, pois a partir do instinto da fome, que surge do organismo corpóreo, ele quer direcionar a essência divina de Cristo (“Tu, que és o Filho de Deus”) a identificar-se com a essência terrena (“Transforma estas pedras em pão”).

Cristo tem plena consciência do que está passando e coloca as coisas no seu devido lugar:

“Não só de pão vive o homem” (apenas seu organismo corpóreo),

“mas de toda palavra que provém da boca de Deus” (pois este é o alimento do Espírito).

No Antigo Testamento foi descrito o caminho dos Céus a Terra.

A partir da tentação no deserto, Cristo nos mostra o caminho para reencontrar o acesso ao mundo divino: não permitir que nossa essência divina se confunda com a terrena. Dar ao Espírito o alimento que lhe é necessário.

Então será possível que os seres humanos, pouco a pouco, recomecem a abrir os olhos da alma para enxergar de novo o Paraíso que abandonou há tanto tempo.

Renato Gomes

Reflexão para domingo, 12 de fevereiro de 2023

Referente ao perícope do Evangelho de Lucas 8, 1-16

Um lavrador prepara primeiro a terra. Depois ele tomará todo cuidado para que as valiosas sementes caiam só na terra boa. Ele nunca iria desperdiçá-las na terra não preparada.

O semeador da parábola atua de maneira diferente. Ele deixa cair as sementes em todas as qualidades de terra. Diferente do lavrador, ele aparentemente não se preocupa com o desperdício das sementes. Isso nos mostra uma grade diferencia entre os dois semeadores.

Deus está contando com o fato de que toda a terra pode se transformar. Que a terra ruim, a terra não preparada, pode se converter em terra boa. Ele está prevendo a possibilidade de que nós mesmos preparemos a terra da nossa alma. Temos sempre de novo essa possibilidade. Nunca será tarde demais para essa transformação.

Nossa tarefa é começar a trabalhar e a lavrar nossa alma. Transformar os espinhos das preocupações excessivas e prazeres exagerados. Tirar as pedras do medo e da desconfiança. Através do trabalho de transformar e preparar a nossa alma receberemos cada vez melhor as sementes, a palavra de Deus.

Julian Rögge

Reflexão para domingo, 5 de fevereiro de 2023

Referente ao perícope do Evangelho de Mateus 20, 1-16

Imagem: A ressureição e à direita a videira segundo as palavras em João 15

Quem é este ser, este Pai, que é como o reino do céus e já de manhã cedo sai para contratar trabalhadores para seu vinhedo? Ele deve ser muito especial pois dele provém cura, salvação e paz!

Ele é um Deus? Ou um homem como um Deus? Alguém já o viu, ou o conhece? Ele já saía desde os primórdios da civilização para contratar trabalhadores? Podemos, no passado remoto, o reconhecer nos grandes guias da humanidade? Os grandiosos frutos das antigas culturas são produtos de seu vinhedo? As várias línguas, a arte e a ciência, enfim toda a tradição cultural da humanidade? Podemos vir a conhecer o reino do céus nas antigas imagens mitológicas?

E hoje, como é hoje? Estamos ocupados no comércio, na técnica e em várias prestações de serviço para assegurar a nossa subsistência, mas não nos encontramos no local em que ouvimos o chamado do Pai para ir trabalhar no seu vinhedo! Somos, em geral, motivados para, através do trabalho, alcançar o maior lucro possível e não nos preocupamos com a nossa origem divina.

Poderia toda a Terra ser o vinhedo do Pai? Pois não nos concede o mundo divino todo dia com o levantar do sol, a vida – o verdadeiro ganho – para que possamos trabalhar na espiritualização da Terra e da alma humana?

Também ouvimos, no Evangelho de João, o Filho falar: “Eu sou a verdadeira videira e meu Pai é o jardineiro… Eu sou a videira, vós sois a vinha. Quem permanecer unido a mim, assim como eu a ele, dará muitos frutos, pois sem mim nada podeis fazer!”

Poderíamos então nos perguntar: o vinhedo poderia ser a alma humana, o coração humano, onde o Eu Sou do Cristo pode ser despertado, – o espírito divino no ser humano – que está predestinado a trabalhar com o Pai para o bem da Terra e de toda a humanidade?

Ambas afirmações poderiam estar corretas: o trabalho na alma, em e com Cristo, é o trabalho na Terra.

Hoje cada um é livre para atender ao chamado do Pai! Quem encontra em si o Cristo vai ser premiado com a totalidade da vida divina em si, o Eu Sou! Ninguém mais do que o outro! Todos unidos no Cristo!

Qual é a natureza desse vinhedo, que provém de Deus e no qual o próprio Filho, a verdadeira videira, concede sua vida divina? Nesse vinhedo o ser humano pode vir a conhecer a vontade do Pai para então vir a servi-lo. Para isso deveríamos deixar de estar empenhamos unicamente com a exclusiva existência física! O pão cotidiano que almejamos receber é o compartilhar, o comungar da vida de Cristo. Nisso se acende a vivência do Eu Sou, do Eu Sou dentro da alma.

Segundo o Evangelho de João, falou Cristo aos seus discípulos: “Meu alimento é poder atuar segundo a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra.”

Portanto, trabalhadores de Deus Pai, formemos a comunidade do Cristo, na qual cada um é chamado a atuar a partir do seu Eu, na qual   a vontade do Pai ressoa com a vontade de cada um. Nesse coro uníssono as esferas angelicais são também chamadas a colaborar. Assim, o reino dos céus chega à Terra e cada indivíduo se torna capaz de atuar para o bem e para a vida de todos!

Helena Otterspeer

Reflexão para domingo, 1º de janeiro de 2023

Referente ao perícope do Evangelho de João 1, 1-14

Nestas festas de fim de ano, não queremos estar sozinhos. Isso não é de admirar, pois tem a ver com o começo. Pois Deus não estava sozinho na criação do mundo. João escreve, o Logos estava com Deus. Deus e o Logos são um. O Logos é o verbo. E ele estava com Deus desde o início, antes da criação do mundo. Ou em outras palavras, o Verbo está com Deus desde toda a eternidade e estava com tudo quanto Deus criou no mundo. Então, quando João fala sobre Jesus como o Filho, como o Verbo, ele não põe o Verbo na categoria de coisa criada. Porque antes de qualquer coisa existir, Ele já era e também porque tudo o que foi feito, foi feito por meio Dele. Na verdade, a única razão pela qual existe vida é por causa Dele. Sendo assim, nunca podemos estar realmente sós, pois aquele que sempre esteve com Deus, sempre estará conosco até o fim dos tempos, como ele mesmo disse.

Com esse sentimento de acompanhamento de Cristo, na alegria e na dor, por toda nossa existência, queremos trazer as alegrias e tristezas do ano que termina como lições para o ano que chega, sabendo que a luz desse ensinamento acompanhada da benção do acompanhamento de Cristo nos levará adiante e a força de Cristo nos levantará quando cairmos, nos acalmará nos infortúnios e nos trará a paz nos conflitos. A única parte que nos cabe em nosso processo de sentir sua presença, é abrir nossas almas para recebê-lo, ter consciência de sua presença e mantê-lo em nossos corações, em nossas ações. Que o ano que chega esteja então repleto dessas vivências e nos leve adiante em nosso processo de humanização.

Carlos Maranhão

Reflexão para o domingo, 18 de dezembro de 2022

Referente ao perícope do Evangelho de Lucas 1, 39-56

No Evangelho de hoje ouvimos sobre o milagre da gestação da nova vida. As duas gestantes se encontram e estão, nesse momento, abertas para o mundo espiritual. Elas manifestam essa vivência em palavras magníficas. Isabel e Maria ajudam a trazer um impulso divino para a Terra.

Nós passamos por processos similares. Nossos impulsos, ideias e projetos precisam de um período de gestação. Nele necessitamos paciência e abertura. Assim o mundo espiritual tem a possibilidade de se manifestar através dele.

As duas mulheres deram à luz a João Batista e Jesus. Com a ajuda delas o divino se encarnou no mundo. Na Época de Advento podemos estar atentos a esses processos de gestação em nosso íntimo e nos perguntar: Que impulso divino quer nascer através de nós?

Julian Rögge

Reflexão para domingo, 4 de dezembro de 2022

2° Domingo do Advento

Ref. Marcos 13,24-37

Advento é um período não somente para preparar a festa de Natal e celebrar o grande acontecimento do nascimento do menino Jesus. É também e, sobretudo, para nos prepararmos para a vinda do Cristo em nossos corações. Ele disse que estaria conosco até o fim dos tempos, portanto, ele veio, vem e virá sempre. Mas ele, que está presente na atmosfera etérica da Terra, só poderá nascer nas almas daqueles que estiverem despertos, atentos, orando e vigiando a cada momento. Vivemos em tempos de grandes tribulações. Mas o fato é que a história da humanidade está marcada desde sempre por grandes tribulações. Por isso, em cada geração há a oportunidade desse despertar. A mensagem apocalíptica não pertence ao fim dos tempos, mas sempre, em todas as gerações até o fim dos tempos. Ainda assim, podemos dizer que a nossa época proporciona uma oportunidade especial para esse despertar, são os sinais dos ramos tenros da figueira, pois além das tribulações, ela é marcada, pelo menos potencialmente, por um certo amadurecimento do “Eu”. Este é o porteiro que vigia, ele é responsável pela necessária autoavaliação da alma e a percepção de suas fraquezas, dando ensejo à decisão de unir-se com aquele que proporciona a força para a superação das fraquezas: o Cristo. Consequentemente a alma se abre para recebê-lo. Este é o sentido fundamental da vigília, que é também a marca da atitude da alma em cada ano cristão, mas especialmente no período do Advento, uma vez que precede o período das Noites Santas. Nesse período, os que estiverem despertos receberão as inspirações que os prepararão para a nova vinda de Cristo.

Carlos Maranhão

Reflexão para domingo, 20 de novembro de 2022

Referente ao perícope do Apocalipse de João 7, 9-17

Uma grande multidão se apresenta a visão do Apocalíptico. Há pessoas de todas as nações, tribos, povos e línguas. Certamente as pessoas também têm diversas ideias, pensamentos e ideais. Porém, todas elas se
unem na oração e no culto perante a Deus e ao Cordeiro. Elas vestem roupas brancas. Para vestir as roupas brancas, elas passaram pelos desafios e dificuldades da vida. Elas as branquearam na dor e no sofrimento. Elas se superaram e trilharam um caminho de transformação. Purificando suas roupas, pouco a pouco.
Esse caminho de superação e purificação também está aberto para nós. Ele é árduo e longo. Ele demorará mais de uma vida. Só conseguiremos dar pequenos passos. Todo esforço nesse caminho vale muito, pois ele nos leva à meta da humanidade, à Nova Jerusalém. Até lá, se realizará uma nova relação entre os seres humanos e o Cristo. Neste caminho, nós nos tornaremos cada vez mais colaboradores dos céus e nos integraremos novamente nas hierarquias celestiais.

Julian Rögge